VILA VELHA ES: De capitão a guarda de trânsito, elas garantem segurança nas ruas
Mulheres vêm ocupando cada vez mais espaço nas corporações militares.
Trabalhar com segurança pública é desafio que envolve coragem e seriedade. Mas esse universo, tão masculino por tanto tempo, aos poucos passou a ser invadido pela presença feminina, como em diversos outros campos da sociedade, inclusive em posições de comando.
Bombeiro Elizabeth Bravim, capitão Adriana Bravim Tomé, guarda municipal Elisangela Oliveira e soldados Rosimere Lazarini e Claudia Victória: eficiência
Neste Dia Internacional da Mulher, A GAZETA revela o que pensam cinco representantes femininas de três corporações de Segurança: Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM) e Guarda Municipal de Vila Velha. Todas são mães, vaidosas, apaixonadas pelo que fazem e cuidam da família.
Única mulher a comandar um batalhão na Grande Vitória, a capitão da PM – na corporação, a forma feminina não é usada – Adriana Bravin Tomé, 38, acredita que o jeito feminino faz a diferença. Ela diz que quando alguém vem procurar um grupo de policiais, mulheres são abordadas em primeiro momento, e mesmo entre os colegas homens a credibilidade delas é grande. “Mulher passa confiança e mais seriedade nas decisões”, diz a comandante da 5ª Companhia do 6º Batalhão.
Talvez isso se deva ao fato da necessidade de, em meio a uma área tão masculina, muitas tornarem-se exemplo e mostrarem que sim, elas podem. Nas atividades físicas ou em campo, mesmo nas mais complexas, jamais as moças são liberadas.
E a sensibilidade feminina, que poderia dificultar a ação, muitas vezes é usada como arma a favor do trabalho. “Temos vantagem em dominar situações de conflito. Conseguimos chegar com um jeitinho de mãe, mulher, e baixar um pouco o grau de exaltação”, diz a guarda municipal de Vila Velha Elisangela Fraga Oliveira, 35 anos.
Na cavalaria, a presença do animal ajuda a fazer com que elas sintam-se seguras, porque sabem que dificilmente alguém irá mexer com o bicho. “O cavalo se impõe e é bacana, porque você cria um vínculo com o animal”, explica a soldado da PM Rosimere Lazarini, 31.
Família
Capitão Adriana é de uma família de militares. Seu pai foi da PM, o irmão trabalha na cavalaria militar e sua irmã, Elizabeth Bravin, 37, é aluno-sargento dos bombeiros.
Não bastasse, as duas são casadas com policiais militares. No início, o pai incentivava que o filho seguisse a carreira, mas não queria que as duas filhas se envolvessem na área. Mas, não teve jeito.
Elizabeth queria ser policial, mas o único concurso possível na época foi o dos bombeiros. Hoje, não trocaria de função, e conta que já foi chamada de “super-herói” ao buscar os filhos na creche.
Ela diz que mulheres têm conquistado espaço no Corpo de Bombeiros. Mas ainda é comum que as pessoas se assustem. “Uma vez, estava apagando um incêndio de um carro, de roupa especial. Aí, quando tirei o capacete, disseram, com surpresa: ‘Olha, é uma mulher’”, relata.
Beleza
Apesar da farda, a feminilidade transparece em um batom básico e nos brincos. Tudo bem discreto. “A gente acaba acostumando. Se no final de semana pintar as unhas com esmalte vermelho, sabemos que temos que tirar no domingo”, diz a cabo da cavalaria da PM Claudia Cristina Victória, 41.
Além disso, como cuidam de cavalos, as policiais da montaria acabam não conseguindo ficar com unhas grandes.
E a discreta vaidade não impede que elas sejam alvo de cantada nas ruas. “Às vezes ouvimos gracinhas, mas represento o Estado, e não é por ser mulher que podem me desrespeitar”, deixa claro Rosimere.
FONTE: gazetaonline
Única mulher a comandar um batalhão na Grande Vitória, a capitão da PM – na corporação, a forma feminina não é usada – Adriana Bravin Tomé, 38, acredita que o jeito feminino faz a diferença. Ela diz que quando alguém vem procurar um grupo de policiais, mulheres são abordadas em primeiro momento, e mesmo entre os colegas homens a credibilidade delas é grande. “Mulher passa confiança e mais seriedade nas decisões”, diz a comandante da 5ª Companhia do 6º Batalhão.
Talvez isso se deva ao fato da necessidade de, em meio a uma área tão masculina, muitas tornarem-se exemplo e mostrarem que sim, elas podem. Nas atividades físicas ou em campo, mesmo nas mais complexas, jamais as moças são liberadas.
E a sensibilidade feminina, que poderia dificultar a ação, muitas vezes é usada como arma a favor do trabalho. “Temos vantagem em dominar situações de conflito. Conseguimos chegar com um jeitinho de mãe, mulher, e baixar um pouco o grau de exaltação”, diz a guarda municipal de Vila Velha Elisangela Fraga Oliveira, 35 anos.
Na cavalaria, a presença do animal ajuda a fazer com que elas sintam-se seguras, porque sabem que dificilmente alguém irá mexer com o bicho. “O cavalo se impõe e é bacana, porque você cria um vínculo com o animal”, explica a soldado da PM Rosimere Lazarini, 31.
Capitão Adriana é de uma família de militares. Seu pai foi da PM, o irmão trabalha na cavalaria militar e sua irmã, Elizabeth Bravin, 37, é aluno-sargento dos bombeiros.
Não bastasse, as duas são casadas com policiais militares. No início, o pai incentivava que o filho seguisse a carreira, mas não queria que as duas filhas se envolvessem na área. Mas, não teve jeito.
Elizabeth queria ser policial, mas o único concurso possível na época foi o dos bombeiros. Hoje, não trocaria de função, e conta que já foi chamada de “super-herói” ao buscar os filhos na creche.
Ela diz que mulheres têm conquistado espaço no Corpo de Bombeiros. Mas ainda é comum que as pessoas se assustem. “Uma vez, estava apagando um incêndio de um carro, de roupa especial. Aí, quando tirei o capacete, disseram, com surpresa: ‘Olha, é uma mulher’”, relata.
Beleza
Apesar da farda, a feminilidade transparece em um batom básico e nos brincos. Tudo bem discreto. “A gente acaba acostumando. Se no final de semana pintar as unhas com esmalte vermelho, sabemos que temos que tirar no domingo”, diz a cabo da cavalaria da PM Claudia Cristina Victória, 41.
Além disso, como cuidam de cavalos, as policiais da montaria acabam não conseguindo ficar com unhas grandes.
E a discreta vaidade não impede que elas sejam alvo de cantada nas ruas. “Às vezes ouvimos gracinhas, mas represento o Estado, e não é por ser mulher que podem me desrespeitar”, deixa claro Rosimere.
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