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FAMOSOS BR: Tinga, jogador do Cruzeiro que sofreu preconceito, faz sucesso no Baile do Copa

MICO NANA PRODUÇÕES | 15:08 | 0 COMENTARIOS

Enquanto Ronaldo Fenômeno recebia homenagem da Gaviões da Fiel, nesse sábado, em São Paulo, e Ronaldinho Gaúcho se divertia em seu camarote, em Salvador, outro jogador chamou atenção no Rio de Janeiro. O volante Tinga, do Cruzeiro, assim que cruzou o tapete vermelho do tradicional Baile do Copa não parou de posar para fotos com os convidados.  A fama instantânea do jogador aconteceu de um jeito não muito feliz, quando no dia 12 de fevereiro, o Cruzeiro perdeu para o Real Garcilaso, do Peru, e depois da entrada de Tinga em campo, a torcida da casa passou a ofendê-lo imitando um macaco. Depois de grande repercussão do caso, Tinga ganhou apoio de outros times de futebol, da classe artística e de milhares de seguidores das redes sociais, que criaram a hastag #fechadocomTinga.

                  Milene Nascimento e Tinga - casal foi ao Baile do Copa (Foto: Dani Barbi)

  "Na verdade não esperava essa repercussão e nunca foi meu objetivo. Sou um cara muito tranquilo, muito simpes, e até para vir aqui no Baile do Copa fiquei um pouco constrangido, mas a gente vai lidando com as coisas. Jogador de futebol está acostumado com isso, mas o público é diferente, geralmente lido com a massa, a torcida. Mas é a primeira vez num baile como esse", disse ele à coluna. "Senti como todo mundo, mas não é uma coisa assustadora porque vivo o preconceito a vida inteira e temos que combater isso e não ficar agarrado no racsicmo. Existem vários tipos de preconceito no país que são claros e a gente não faz nada. precisa acontecer um negócio desses para a gente ver que é real", afirma Tinga, contando que tem 19 anos de profissão e nunca apareceu por causa disso.
"Depois do incidente, as pessoas começaram a saber da minha carreira toda e que fui um cara que tive todas as conquistas de um jogador pode ter. As pessoas se identificaram comigo porque sou o típico brasileiro que vim pobre e aproveitei as oportunidades que a vida me deu e não mudei meu jeito de ser.
O brasileiro está ficando cansado dessas coisas e entendeu, a partir dos protestos do ano passado, que temos voz e podemos mudar algo", desabafa. Tinga não é ligado nas redes sociais, mas ficou comovido com a mobilização. "Sou um cara alienago, não tenho Instagram, nem Facebook, essas coisas, mas o pessoal cirou o #fechadocomTinga e acredito que eles estão 'fechados' com a situação, para dar um basta nisso, porque todo mundo sofreu um tipo de preconceito, no trabalho, ou por opção musical ou por julgarem pelo que você faz sem te conhecer.
Se Deus colocou isso na minha vida é para eu fazer alguma coisa. É possível a gente mudar isso", finaliza ele, que estava acompanhado da mulher, Milene Nascimento.
Em recente entrevista à TV Globo, Tinga também disse que o preconceito ocorre não só no Peru, mas também no Brasil, quando vê olhares tortos quando anda ao lado de sua mulher, que é loura. "As pessoas olham quando chego com minha esposa, ninguém conhece minha história. Ninguém sabe (como é a relação), e num olhar você sente que as pessoas pensam 'olha o negão com uma loura'. Isso eu sinto toda hora", disse ao Esporte Espetacular.
A repercussão do caso fez com que a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) se mobilizasse e abrisse uma investigação preliminar sobre o caso. O time peruano tinha até  24 de fevereiro para enviar sua defesa sobre o 'caso Tinga', no entanto, perdeu o prazo e a Conmebol não informou um novo prazo para divulgar uma possível punição aos peruanos do Real Garcilaso, que pode ser desclassificado do maior torneio interclubes das Américas.


FONTE: época

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