PORTO SEGURO BA: O Jornal BATV Mostram Policiais de Porto acusados de matar preso e Eles Já Se Econtram Na Carceragem
Acusados de torturar e matar o
detento Ricardo Santos Dias, de 21 anos, na noite de sábado (15/07/12), dentro da
Delegacia de Porto Seguro, no litoral sul da Bahia, os investigadores Robertson
Lino Gomes da Costa, de 44 anos, e Joaquim Pinto Neto, de 42, e o chefe do
Serviço de Investigação da delegacia, Otávio Garcia Gomes, de 43,
apresentaram-se na noite de quinta-feira (19/07/12) na Corregedoria de Polícia Civil,
em Salvador.
Os três policiais civis eram
considerados foragidos da Justiça desde segunda-feira (17), quando o juiz da 1ª
Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro, André Marcelo Strogenski, expediu
mandados de prisão contra eles e contra o filho de Robertson, Murilo Bouson de
Souza Costa, de 22 anos. Murilo continua foragido.
Os investigadores estão detidos na
carceragem da corregedoria. Na manhã desta sexta-feira (20/07/12), a
corregedora-chefe, Iracema Silva de Jesus, tentou interrogar os acusados, mas
eles se recusaram a depor. O delegado da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia
do Interior (Coorpin), de Eunápolis, Evy Partenostro, responsável pelas
investigações, também deve interrogar os investigadores.
Imagens registradas pelas câmeras de
segurança da delegacia mostram os acusados chegando à unidade policial na noite
de sábado e, menos de duas horas depois, carregando o detento, já desacordado.
Ricardo foi deixado no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, sem
identificação. Morreu por traumatismo craniano antes de receber atendimento. Os
agentes não haviam sido mais vistos desde o episódio.
Ricardo havia sido preso na manhã de
sábado, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Ele era suspeito de
assaltar uma relojoaria da cidade e matar o proprietário do estabelecimento no
dia 11.
Segundo informações da polícia, os
investigadores estavam de folga na noite do crime. Chegaram à delegacia
perguntando pelo suspeito. Os agentes que cuidavam da carceragem o retiraram da
cela, onde descansava, e levaram para a sala de investigação, fechada e sem
câmeras. Nas imagens do sistema interno da delegacia, Robertson é visto
empunhando um pedaço de madeira e brincando com Otávio, antes de a vítima ser
retirada da sala, carregada pelos acusados. Os acusados vão responder a
inquérito criminal e também serão alvo de inquérito administrativo da Polícia
Civil, que pode resultar na demissão dos cargos.
FONTE: GAZETA ONLINE
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