Professora é presa civilmente por não pagar pensão das duas filhas
A professora Elenise Borges da Silva, 41 anos, residente na cidade de Aurelino Leal, no vale do Rio de Contas no sul da Bahia, teve a sua prisão cível decretada na última segunda-feira (5), na comarca vizinha de Ubaitaba, por não pagar a pensão alimentícia das duas filhas. O mandado de prisão foi cumprido quando ela fazia compras na loja Mundo do Real no centro da cidade de Ubaitaba. A ordem judicial foi expedida pela juíza Andrea Gomes Fernandes, da Vara Cível, no dia 4 de julho deste ano. Com base na decisão, a mulher deve R$ 21 mil, quantia referente às pensões atrasadas das filhas de 17 e 18 anos, que estão sob guarda do ex-marido.
A polícia informa que muitas pessoas, entre familiares do ex-marido e amigos da professora, estiveram na delegacia dizendo que a medida da Justiça é injusta, pois ela prestava assistência às filhas de modo informal, através de ajuda de custo e roupas. Um agente da delegacia relata que a professora está em estado de choque, sem dormir e, desde que foi detida, não se alimenta.
Segundo uma das filhas, Aloma Borges dos Santos, 18 anos, a mãe sempre se preocupou em lhe dar as coisas, mas ela não aceitava, porque o caso estava na Justiça. Aloma conta que os pais estão separados há 10 anos e que não vê necessidade da questão chegar a esse ponto, porque o pai ganha bem. “Eu sei que se ela tivesse condições, pagaria”, diz.
O ex-marido da professora de nome Ademilton Tibuçius dos Santos, mais conhecido por "Del do Abará", disse, através do advogado, que não irá retirar a ação, “porque são oito anos lutando por isso”. Ele alega que ela é professora concursada pelo município e que teria condições de pagar. O ex-marido diz ainda que vai pagar os estudos da filha de 16 anos, com o dinheiro que receber da professora. A polícia informou que a mulher presa não apresentou defesa até as 13h desta terça-feira. Durante todo o dia foi grande a movimentação de alguns meios de comunicação na delegacia de Ubaitaba.
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